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Projeto Estéticas dos vestígios (traces) na contemporaneidade : literaturas das américas entre memória e esquecimento

 

O projeto visa a analisar as estratégias utilizadas por autores das literaturas das Américas de construir uma memória longa (G. Bouchard) ou de longa duração (F. Braudel), com base na recuperação de vestígios (traces) oriundos de memórias múltiplas em circulação no contexto crioulizado das Américas. Nesse sentido, no entre-lugar entre memória, esquecimento e silêncio, criam-se estéticas feitas de vestígios culturais os mais diversos que quer-se mapear, analisar e classificar de acordo com as diferentes estratégias que determinam, de um lado, o tabalho, o dever e os abusos de memória, e, de outro, o esquecimento, o não-dito e os mecanismos ativadores de memórias reinventadas. Busca-se proceder ao levantamento e à análise de obras produzidas entre 1980 e 2013, em situação transacional, ou seja, de negociação de identidades culturais, assegurando o fluxo entre passado e presente e compondo a memória longa em comunidades culturais como as das três Américas que se caracterizam por uma história curta. Constitui-se em hipótese desse estudo que o contexto crioulizado ou híbrido das Américas gera literaturas marcadas por mobilidades transacionais e transnacionais, isto é, onde as formações identitárias ultrapassam as fronteiras nacionais, para dar origem a novos discursos identitários, marcados por entrelaçamentos de vestígios culturais (afro-americanos, migrantes, diaspóricos, indígenas). Quer-se flagrar o trabalho da anamnese que revela os resíduos oriundos da confluência de memórias voluntárias e involuntárias que estão na gênese da estética dos vestígios, inventando temporalidades que a história foi incapaz de reter.

 

Coordenação : Zilá Bernd, bolsa PQ Cnpq (1C)

 

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Projetos Concluídos

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